terça-feira, 30 de março de 2010

SAÚDE PÚBLICA EM JOINVILLE NO FUNDO DO POÇO

Matéria publicada hoje em A Notícia expõe a situação caótica da saúde pública de Joinville. E nos remete a campanha eleitoral de 2008, quando o atual prefeito vociferava nos programas eleitorais de que o problema "era de gestão e que dinheiro existia". A partir da opinião dele, podemos concluir que é um completo incompetente. Prometeu que despacharia do Hospital São José (pisou poucas vezes lá) e garantiu que em 100 dias resolveria os problemas da Saúde. Tudo mentira!

Acompanhem a matéria:
30 de março de 2010.

N° 719AlertaVoltar para a edição de hojeSAÚDE PÚBLICA DE JOINVILLE

Diagnóstico revela falta crônica de médicos

Relatório divulgado ontem pela Prefeitura mostra que houve uma redução de 13 profissionais entre 2008 e o ano passadoA falta de médicos, a demora e o mau atendimento podem estar entre os motivos para as consultas em PAs e hospitais terem disparado ainda mais em relação aos postos de saúde no ano passado. Mesmo com campanhas e a recomendação do Ministério da Saúde para que as pessoas procurassem primeiro as unidades básicas, a busca por PAs e hospitais, que já era inchada em 2008 (quase duas vezes mais que a oferta), cresceu 96,7% no ano passado (quase três vezes mais que a capacidade de atendimento. Veja gráfico na p. 16). As consultas em unidades básicas, em comparação, cresceu apenas 4,5% e ficou abaixo do oferecido.



O dado é um dos que mais salta aos olhos no Relatório Anual de Gestão 2009, da Secretaria de Saúde de Joinville, apresentado ontem na Câmara de Vereadores. O documento, com 121 páginas, é uma prestação de contas da pasta. Reúne números que vão desde a estrutura da secretaria, passando por gastos e leitos hospitalares, até doenças que o Ministério da Saúde exige que sejam monitoradas.



A falta de médicos é clara. Ao mesmo tempo em que houve aumento de R$ 23 milhões de gasto com a folha de pagamento da pasta, ocorreu uma redução de 13 desses profissionais entre 2008 e 2009. A situação reflete nas especialidades. Oftalmologia é a pior. Apesar do crescimento tímido de 18% entre 2008 e 2009, a especialidade está 68% abaixo da meta, o que revela a falta de profissionais. Na outra ponta, oncologia (tratamento de câncer) continua como o setor com a maior “superprocura” (quatro vezes mais que o recomendado). O cálculo é baseado no que deve ser oferecido por cada especialidade ou área. O ideal é que oferta e procura sejam de 100%. Se ela fica abaixo, é porque falta oferta ou as pessoas não procuram o serviço. Se fica acima, quer dizer que há uma procura em excesso, sinal do aumento daquela necessidade ou de uma demanda mal oferecida – é o caso da superlotação nos pronto-socorros.



A escassez de profissionais é o terceiro motivo de reclamação – 10,5% –, de acordo com a Ouvidoria. A demora no atendimento vem em segundo, com 16,2% de reclamações. Quem ganha disparado é o mau atendimento: 20,7% por parte de outros profissionais, como técnicos e enfermeiros, e 10,3% por parte dos médicos, situação que pode estar relacionada à sobrecarga dos profissionais.



O Programa Saúde da Família (PSF), medicina preventiva, também teve desempenho abaixo da meta no ano passado. O alcance foi de 33,9%, no mesmo patamar dos 33,5% de 2008, enquanto a meta era de atingir 45,8%.



rogerio.kreidlow@an.com.br

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2856027.xml&template=4187.dwt&edition=14393&section=885

0 comentários:

Postar um comentário