O secretário de Estado da Educação Marco Tebaldi, acompanhado de assessores e da diretora de Educação Básica da SED Gilda Mara Penha Marcondes, apresentou na tarde de hoje (24), na Presidência da Assembléia Legislativa, o projeto sobre o Ensino Médio Integral. Com custo de cerca de R$ 130 milhões o projeto iniciará em 2012 em cem escolas de ensino médio de todo o estado, com 500 turmas e contemplará 15.500 alunos. Deputados da bancada governista e da oposição participaram da reunião, questionando, aprovando e alguns até parabenizaram a iniciativa.
Para a implantação do projeto, que vai proporcionar nove horas de educação acadêmica integrada a outras atividades, foram selecionadas 40 escolas com melhor estrutura e 60 que já oferecem o Ensino Médio Inovador, do Ministério da Educação. "Nestas onde funciona o projeto do Governo Federal será feita a transição para Ensino Médio Integrado", explicou Tebaldi.
Segundo ele, a preocupação em se investir mais na educação de jovens, entre 15 e 17 anos, é o fato de que 53 mil catarinenses nesta faixa etária abandonaram os estudos e outros 71 mil ainda cursam o ensino fundamental, já universalizado em Santa Catarina. "Temos 40% dos nossos jovens sem cursar o ensino médio e o índice nacional chega a 60%", informou o secretário. A meta da SED é que até 2014 esse fluxo seja corrigido.
A diretora de Educação Básica, Gilda Mara Penha Marcondes, falou que foi realizada uma análise onde se constatou que quase 100% das crianças estão estudando em uma das escolas da rede pública estadual. "O ensino fundamental está universalizado mas ainda temos 22% que já deveriam estar cursando o ensino médio", declarou.
Sobre a correção do fluxo e da distorção série/idade, disse que estudantes com 13 anos ou mais e que vão para a 6ª série do ensino fundamental terão, a partir de 2012, um currículo diferenciado e paralelo a isso vão ter acompanhamento pedagógico. "São jovens que já repetiram até três vezes a mesma série e muitas vezes são marginalizados", destacou a diretora de Educação Básica da SED.
Otimista com a reunião que teve em Brasília na terça-feira (22), no MEC, o secretário Marco Tebadi cogita auxílio financeiro por parte do Governo Federal para a implantação do projeto Ensino Médio Integrado (EMI). "Trata-se de um ensino acadêmico e integrado, também, ao ensino técnico profissionalizante e o MEC já aprovou 108 cursos para Santa Catarina", explicou.
Independente de optarem por um dos cursos profissionalizantes e escolherem a educação acadêmica, os alunos do EMI além de poderem estudar em uma unidade escolar com boa infraestrutura, bem equipada e com direito a almoço, aprenderão Inglês voltado à conversação, informática e empreendedorismo. Tudo integrado as disciplinas tradicionais e com direito a atividades como dança, esportes e outras áreas das Artes.
Recursos Humanos, material didático, de expediente e material permanente; laboratórios de informática, salas com quadro digital, internet, notebooks para os professores, além de outras medidas já estão sendo providenciadas pela Secretaria da Educação para atrair jovens para o EMI. E para aqueles que precisam trabalhar para ajudar a família será providenciada uma bolsa de manutenção para que possa ficar do dia todo na unidade escola
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