É grande a discussão relacionada à quantidade de impostos paga pelo povo brasileiro. Já faz parte do cotidiano verificar que nossa contribuição não nos gera retorno. É na fila do posto de saúde e do hospital. É diante de um assalto a mão armada em plena cidade. É diante de um acidente em uma estrada esburacada qualquer. É diante de tantas adversidades do dia a dia que percebemos que, embora sejamos o país com a mais pesada carga de impostos, somos um país que sempre figura entre os últimos na maioria dos indicadores internacionais de saúde, educação, qualidade de vida, segurança entre outros.
O cidadão também sofre com uma economia estagnada. Nossa produção agrícola vive batendo recordes de produção. Seria maravilhoso se pudéssemos escoar tudo o que produzimos e que é destinado para exportação. Mas a realidade é outra. Caminhões sofrem para chegar aos portos devido às estradas que não recebem manutenção apropriada e estradas que são apenas caminhos de barro que tornam a logística uma tarefa árdua de ser feita. Os portos são cercados por quilométricas filas de caminhões que sofrem com a burocracia do sistema. Boa parte dos produtos agrícolas é perdida ali mesmo, na fila.
Cabe ao leitor fazer uma análise baseada no bom senso: o Governo Federal deve utilizar de seus recursos, angariados através de nossos impostos, para financiar uma obra de um porto cubano? Mesmo que a presidente responda que se trata de estratégia comercial, não teríamos muito mais a ganhar com o fortalecimento de nossa infraestrutura logística e o aumento nossas exportações? Precisamos de uma nova estratégia para o Brasil. Uma estratégia que privilegie o brasileiro e suas necessidades. Você reformaria a casa do vizinho enquanto a sua está caindo aos pedaços?
Marco Tebaldi é deputado federal pelo PSDB de Santa Catarina. Foi prefeito de Joinville entre 2002 e 2008. É engenheiro sanitarista e ambiental, formado pela UFSC.
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