quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pavan vai assumir SC e recebe apoio de prefeitos e vices


“Jamais renunciarei a meus objetivos e aos anseios de meu partido. Assumo o governo no começo de fevereiro, tão logo o governador Luiz Henrique retorne de sua viagem ao exterior” – o anúncio, feito pelo próprio vice-governador Leonel Pavan, na noite desta segunda-feira (18), na sede da executiva estadual do PSDB estadual, em São José e recebeu a aclamação da platéia formada pelos prefeitos, vices, deputados e lideranças tucanas, que se reuniram para hipotecar apoio ao vice-governador que sofre exploração política em função de denúncia a ser analisada pelo Tribunal de Justiça do Estado
O pronunciamento de Pavan foi na reunião convocada pela Associação dos Prefeitos e Vices do partido para discutir o momento político do estado, mas acabou transformada num encontro de solidariedade a Pavan, que vive a possibilidade de responder processo judicial por ter encaminhado a resolução de uma pendência empresarial do setor de combustíveis a secretaria da Fazenda do Estado. A inscrição foi cancelada e está cancelada. O fisco catarinense não teve qualquer prejuízo, ao contrário do vice-governador que amarga todo o constrangimento de uma acusação que ele mesmo define como “inconsistente”. Além do desgaste político, Pavan, devido ao estresse causado pela situação, chegou a contrair uma gastrite aguda que pode levá-lo a cancelar sua viagem oficial ao exterior e a se licenciar por alguns dias para tratamento médico.

APOIO - Na reunião, prefeitos, vices e deputados se revezaram em palavras de apoio a Pavan. Todos os oradores disseram haver acompanhado o caso pelo vasto material exibido pela mídia, onde encontraram sinais claros da inocência de Pavan: “Cadê as imagens contundentes do encontro que Pavan teria tido com os empresários que representavam a Arrows no aeroporto Hercílio Luz ? Por que a Polícia Federal não prendeu em flagrante todos que se encontraram no aeroporto se ela sabia que ali seria cometido um crime?", repetiram os deputados e os líderes em seus pronunciamentos.

O último a falar foi Leonel Pavan. Num discurso inflamado, elogiou o governador Luiz Henrique com quem diz ter conversado todos os dias – “todos os dias”, reiterou—desde que começou a crise. Pavan, que durante o dia recebeu em seu gabinete o senador Raimundo Colombo, do DEM, demonstrou a segurança de que tem sido apoiado pelas lideranças da tríplice aliança (PSDB, PMDB e DEM) e atribuiu a “fofocas” e “intrigas” as informações que correm pela mídia de que tem sido pressionado pelos líderes dos dois partidos aliados até mesmo a renunciar:
- Isso é pura invenção da mídia, até porque eu não vou renunciar e não posso renunciar aos compromissos que tenho com o meu partido e com todas as pessoas que me apóiam, salientou, acrescentando que “não vamos envergonhar ninguém, vamos assumir o governo e trabalhar”.

Pavan também abordou o processo eleitoral deste ano. Lembrou que o acordo no âmbito da tríplice aliança é o de que a escolha do candidato obedecerá a determinados critérios, a começar pelo nome que tiver mais condições de ser o candidato.

- Os critérios permanecem. A escolha do candidato vai ocorrer no momento certo. Pode ser o meu nome, pode ser o nome de uma outra liderança do meu partido ou pode ser um outro nome de um dos dois partidos aliados. A escolha será feita mediante critérios já acordados.



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