terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

TEBALDI REVELA DIVERGÊNCIA ENTRE REALIDADE E PROMESSAS DO GOVERNO FEDERAL SOBRE FORNECIMENTO DE GÁS NATURAL

No dia 26 de julho do ano passado, o fornecimento de gás natural excedeu os dois milhões de metros cúbicos, que é a quantidade contratada pelo estado de Santa Catarina a ser fornecida diariamente. Este fato denuncia a situação alarmante que o estado atravessa, deixando, por exemplo, o setor industrial inseguro quanto à demanda necessária para o seu desenvolvimento. A indústria opera no limite da capacidade de oferta e por estar no limite, muitos investimentos deixam de chegar ao nosso estado.

Diante dessa situação crítica, o deputado federal Marco Tebaldi enviou, no mês de agosto de 2013, um documento de indicação para o ministério de Minas e Energia para que fosse ampliado o fornecimento de gás natural ao estado catarinense.

O documento de indicação alertou o ministério sobre as consequências que um futuro desabastecimento poderia acarretar sobre a economia do estado. Segundo Tebaldi, “a falta do gás natural no estado gera prejuízos enormes para as indústrias catarinenses, impactando inclusive nos investimentos futuros das empresas, o que inibe o seu ritmo de crescimento”.

O ministério de Minas e Energia, em documento de resposta, reconheceu que os problemas de abastecimento não atingem apenas Santa Catarina, mas diversos estados e que o governo federal está trabalhando em iniciativas que permitam aumentar a oferta do gás natural.

O documento também traz a informação de que existem estudos para o aproveitamento do gás natural associado às jazidas de carvão, largamente utilizado por países como China, Austrália e principalmente Estados Unidos. As principais jazidas com potencial para a exploração se encontram na região Sul. O ministério afirma que há um projeto para a construção de um gasoduto ligando o porto de Rio Grande até a cidade de Triunfo, ambos os lugares se localizam no Rio Grande do Sul e que beneficiaria a região Sul. A construção desse gasoduto já foi discutida entre governos e federações industriais dos três estados sulistas, porém no documento não há menção sobre prazos de execução das obras.

A Petrobras, que também forneceu respostas, esclareceu que, já existem negociações para o aumento de 140.000 m³/dia para a região Sul, caso haja uma demanda emergencial.

“A verdade é que já existe uma demanda emergencial e não há sequer uma menção sobre prazos ou detalhes sobre as negociações citadas, o que nos deixa apreensivos em relação a um futuro bem próximo”, afirmou Tebaldi.


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