domingo, 22 de agosto de 2010

ÍNDICES DE SANEAMENTO

Semana passada o IBGE divulgou os índices de saneamento básico em nosso Estado. Como engenheiro sanitarista e ex-prefeito de Joinville por dois mandatos posso testemunhar a importância de termos mais investimentos nesta área.

Uma população que vive em lugar limpo sem valas abertas é uma população mais saudável e feliz. Por isso que municipalizamos os serviços de águas e esgotos. Tivemos a coragem de retomar o que era nosso. Por 33 anos a estatal que explorava o negócio não cumpriu as metas de levar água em todas as casas e implantar a rede coletora e de tratamento dos esgotos.

Municipalizamos o sistema, e fomos em busca de dinheiro para implantar o esgoto. Começamos por onde era mais necessário: os bairros. Escolhemos os populosos e com mais problemas, onde viviam com valas abertas colocando em risco à saúde da população.

O trabalho iniciou no Jardim Paraíso com a implantação da rede e pavimentação das ruas. Iniciamos também No Paranaguamirim e deixamos tudo pronto para o sucessor fazer no Morro do Meio. São mais de R$ 230 milhões que começamos a investir.

Mas esta deficiência não é só de Joinville, da região, Estado. É do Brasil. Vejam os dados divulgados: Das 293 cidades, apenas 16% têm tratamento adequado de esgoto. No cenário nacional, o Estado é 11º pior no setor. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



Acredito que este será um dos grandes desafios de prefeitos, governadores, presidente e dos representantes nos parlamentos.

Durante anos a Casan não priorizou o esgoto, prova disso foi Joinville, que para implantar a rede tivemos de retomar os serviços. Nos próximos três anos os municípios devem implantar seus planos municipais para poder obter recursos. Aqui entram os deputados que podem ajudar seus municípios na obtenção de dinheiro, de programas educacionais , orientação aos municípios e os prefeitos precisam preparar seus municípios para este avanço.

Mas não é só isso, tem muito mais para se fazer. Como prefeito de Joinville tratei de antever o futuro, seja com a municipalização dos serviços que é mais eficiente e mais barato e mais bem feito, seja com a adoção de um planejamento para execução, busca de recursos internacionais para a implantação.

O saneamento passa ainda pela coleta das águas das chuvas que a cada ano destrói estradas, casas, cidades e vidas. Resultado da impermeabilização do solo, com a pavimentação, que é necessária. Mas este é outro desafio que teremos.

Também precisa ser discutida a questão dos aterros sanitários, que podem ser regionais. Municípios pequenos nem sempre podem ter um aterro conforme requer a legislação para proteção das pessoas. É impensável, nos dias de hoje um lixão aberto. Modelos como o de Joinville podem atender os outros municípios.

Enfim saneamento é saúde preventiva. Isto precisamos entender e levar adiante.

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